30 de jul. de 2009

Do recesso




Sim, Adélia.
De vez em quando
eu também só vejo pedra
na pedra.
A pedra denotativa,
denotativos: a angústia, a solidão,
a espera, o cansaço.
Farei como Amélie:
juntarei as pedras no bolso
e me divertirei com elas.
T. Prates


"De vez em quando Deus me tira a poesia.
Olho pedra, vejo pedra mesmo."
Adélia Prado

24 comentários:

Kenia Santos disse...

Que fofinho! Juntar Adélia e Amélie - muita poesia pra pedra! Só você mesmo. Lindo, lindo viu!?

Beijo carinhoso.

Julio César Carvalho disse...

Havia uma pedra no meio do caminho..
Quem pegou?
Adélia, Amélie ou Talia Prates?
Enfim, como já indicou Fernando Pessoa... guardemos essas preciosidades para construirmos um castelo!!
No meio do caminho havia uma pedra..

Lindo demais!!!
Bjo gde!!

Raphael R Barbosa disse...

Quando as pedras são somente simples pedras, não importa o quanto lutemos com as palavras, costumo lembrar de uma pequena poesia que fiz em maio de 1992 (que tomo a liberdade de postar aqui):

Um Espaço

Há um espaço imenso
Há um intervalo enorme
Não porque o guerreiro queira,
mas porque o poeta dorme.

Raphael R Barbosa disse...

PS: Adoro os seus textos, figuras e o blog. Sensacional!

Renata de Aragão Lopes disse...

Delícia de brincadeira...

E que belo encontro:
Adélia, Amélie e você
de mãos dadas.
Em roda.

Beijo!

Anônimo disse...

quando vemos pedras onde existe poesia ,e vemos poesias onde ha pedras
so resta nos divertimos com elas.

nina rizzi disse...

com belas pedras é que se contrói um belo poema. tou com amèlie :)

beijo.

Fabio Rocha disse...

Em breve passa... ;)

Adriana Godoy disse...

Que lindo...adorei
"juntarei as pedras no bolso
e me divertirei com elas."

È isso , Talita! beijo.

Hercília Fernandes disse...

Muito boa a intertextualidade, Talita.

Seu poema corresponde ao que prometera, realiza excelente efeito lúdico.

Beijos :)
H.F.

Adriana Riess Karnal disse...

Talita,
Que beleza essa construção.Pedras são jogos.

Ricardo Maciel disse...

Muito bom! =)
E como sempre a imagem complementa muito bem o texto.

Iuri disse...

Amélie sabe das coisas.

=)

[ rod ] ® disse...

Pedras e um castelo... já te disseram isto?

Bjs moça e já estou de volta,





Novo dogMa:
há gosTo...


dogMas...
dos atos, fatos e mitos...

http://do-gmas.blogspot.com/

Lara Amaral disse...

Gostei muito: do seu poema, da lembrança de Amelie, do verso de Adélia. Aqui tudo é tão bonito...
Grande abraço!

. fina flor . disse...

adorei!!!

sábia decisão

beijos

MM.

>>. cheguei aqui através de amigos em comum na blogosfera ;o)

Dona ervilha disse...

A Adéla Prado é uma coisa de outro mundo, né? Eu sou fã dela. Demais.

Pedro disse...

No fim, todo bom filósofo acaba dando mais peso para as denotações. Mas nem por isso elas são desprovidas de poesia. Parabéns! Gostei do seu espaço.

Nayara .NY disse...

Sou a pedra de mim mesma,
Sou a pedra de todas as pedras denotativas como eu.
Jogamos!

Bjos

Leandro Jardim disse...

bonito isso, moça!

Prazer,
Jardim

Luciano Fraga disse...

Que beleza de poema, as pedras continuam encantando, mesmo sendo geladas, abraço.

Caio Rudá de Oliveira disse...

Intertextualidade bacana essa aqui. Talvez tenha faltado Drummond, tão imortal quanto sua célebre pedra no caminho. Aliás, não digo que faltou nada no poema, apenas que poderia ter sido acrescido dessa referência. Está ótimo assim!

havia um blogue no meio do caminho
no meio do caminho havia um blogue

nunca esquecerei esse acontecimento
na vida de minhas retinas tão cansadas de procurar pequenos tesouros como esse blogue no meio do caminho
no meio do caminho havia um blogue

:D

Wania disse...

Oi, Talita!
Esta tua pedra tem peso: Adélia, Amélie e tu.
Liiiinda correlação!

Bjs.

BAR DO BARDO disse...

Pedra como um ninho:
acolhe-nos, caminhantes,
durante o caminho.

 
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