quero a vida um poema-conto
onde eu possa permutar verbos
riscar personagens
desenhar cenários
refazer cenas
vestir eu-líricos
(como as máscaras descansam!)
E era uma vez.
mas a realidade assim dita:
há começo meio e fim, nessa ordem restrita;
não se sabe o momento oportuno de entrar/sair de cena;
as paisagens são de uma concretude opressiva
- ainda que sublimes, muitas; medonhas, outras;
as vivências não se passam a limpo
e eu me propus a ser autêntica
(como se ser cansa!)
(Eu queria plantar as flores de plástico,
mas elas não brotam.)
re(comecemos):
Será uma vez, várias vezes..............................
t. prates
Imagem daqui.