14 de nov. de 2009

Da evanescência



Terei um dia conhecido
teu vero corpo como hoje o sei
de enlaçar o vapor como se enlaça
uma idéia platônica no espaço?
(Drummond)

36 comentários:

Pedro disse...

É sempre assim, por isso é bom. Ainda bem que os calores esvaecem. Trata-se do eterno ir e vir. Ainda bem que existe a sombra e o sol, a voz e o silêncio, a intensidade e a calmaria...

Kiara Guedes disse...

fica gravado, sempre.

Sueli Maia (Mai) disse...

Memórias da pele.
E nem sei, Talita, se assim tão simples e tecnicamente, se esvaem as coisas de amar e o amor.
Porque os amores e a memória dele, assim como nos assalta, se faz tinhoso e teimoso de ir...
E o amor sempre quer pouso e evidencias em nosso corpo.
Mas teu poema é simples, fundo e belo porque você foi concisa ao falar deste desejo de que tudo, de repente fosse evanescente...Mas ser conciso é tudo que o amor não é. Porque o amor se esparrama, se derrama, invade e nos transborda em si, transbordando-se de nós em calor e vida.
Evanescente é apenas a nossa vontade de que ele se vá para não mais sofrer quando ele decide-se por ir ou esquecer o que não cessa de nos lembrar, no calor da pele que já foi e ainda resta e fica.

Mas eu amei este teu poema e juro, não vou esquecê-lo.
(viu?)
Beijos, Talita.
Bom final de semana.

Heduardo Kiesse disse...

eternamente...


bjos

Renata de Aragão Lopes disse...

Amiga,

acabei de respondê-la
lá no doce de lira.
E revelei,
no debate travado em "Quando muito",
que, felizmente,
hoje, aos 33 anos,
vivencio o amor
com o romantismo
um tanto mitigado.

Livrar-se da lembrança
do calor de alguém que já se foi
é, a meu ver,
um ato de maturidade.

Belo poema!
Adoro quando escreve
desta forma!

Um abração!

renata carneiro disse...

gruda. no corpo, na lembrança, na memória.

beijocas, minha querida!

Caio Rudá de Oliveira disse...

É o destino dos amores...

Emerson Souza disse...

Com este calor...sei não.
Bjus e bom findi.

Lai Paiva disse...

Talita querida, sempre tão intensa mesmo em poucas palavras... A memória do nosso corpo sempre há de deter a lembrança de outro, acredito!!!

Ari Mota disse...

Cara Poetisa


Lindos são seus escritos.

Tiago Moralles disse...

Adoro os teus seus.
Tão seus.

Marcelo Novaes disse...

Talita,


Suave pode ser o esmaecer.
Apenas deixar ir.


Complementando a bela pergunta do Drummond:

Terás conhecido o outro
vero corpo, senão suposto
e dentro de seu próprio
invólucro?!


Sentiu deveras o vero
outro, ou a própria
inervação?!



[Aponta para a alma
a pergunta de
Drummond].





Tranquila madrugada de domingo.







Beijos,








Marcelo.

Marcelo Novaes disse...

Mai disse algo aí...


"As coisas de amar e o amor".

Eu diria: "A coisa de amar o amor; amando a idéia de estar amando/ sendo amado(a); fascinada (o) com o estar fascinando; imantada à órbita de um conluio imantatório /encantatório que se sustenta pelo mútuo 'encantamento'.


Fetiche.



"Feitiço".



"Amarração" de duplo laço.

[Nem precisa encomendar trabalho pra terceiro; os dois a si se bastam...].



Às vezes é só isso.

Ou tudo isso.


Quando é mais, não há desespero.

O trabalho é se despreender disso.


"Não há urgência no amor". Diz o poema de um poeta...




Beijos, a vc e a Mai.








Marcelo.

José Carlos Brandão disse...

O calor fica na memória, onde ainda é calor, onde ainda é corpo.
Beijo.

Wania disse...

Talita

Esfriar-se das emoções é um processo muito doído, mas acho que sempre sobra uma chaminha bem pequena no final, escondida e protegida do vento por nós, para que nada possa atiçá-la, novamente...

Linda poesia e lindo o efeito visual da cor se desfazendo!

Bjsssss

Franzé Oliveira disse...

Sempre assim
O que fica é só a saudade
Esconde-se no peito
Até o total esquecimento...

Bjos menina.

Talita Prates disse...

Pedrinho
Kiara
Mai
"Paradoxos"
Re
Re
Caio
Émerson
Lai
Ari
Tiago
Marcelo
José Carlos
Wania e
Franzé

: obrigada por virem e partilharem suas impressões comigo!
Fico muito feliz com a presença de cada um por aqui.
Bjo grande! :)

Lara Amaral disse...

Suas poucas palavras sempre com tanto a dizer. E a imagem encaixou muito bem com o poema.

Triste e lindo.

Beijos, amiga!

Talita Prates disse...

Oooo, Lara,
querida. Obrigada pelo carinho constante.
Um bjo, querida amiga! :)

Fabiana disse...

Talita,
quero (e vou) voltar aqui sem pressa...sem maiores anseios, para "degustar" cada palavra dita, quase em forma de canção.
Bjos, querida!
obrigada pela visita e fique à vontade, sempre!
bjokas.

Anônimo disse...

Ai, Ta... isso não se faz... diz que eu nem preciso comentar, diz...

Rafaela Gomes Figueiredo disse...

Liii, agora... fiquei... pasma!
o poema tá maravilhoso, mas foi a coincidência q mais me impressionou!
ontem eu tava pesquisando imagens na net [pra dar uma inspiração pr'uma ideia de desenho com q tô] e adivinha a imagem q encontrei e achei o máximo para isso! :o exatamente esta!!!

adoreeei a conexão! ;)

besoss

lisa disse...

o corpo grava a yernura de outras mãos e as vezes o "tapa-devaju". Quantas histórias são guardadas na pele? :) beijos Talita

J.F. de Souza disse...

Dissipador de calor

o tempo
a distância
e os ventos
me fazem
frio

tuas lembranças já não me aquecem mais

tenho coração
de alumínio

sopro, vento, ventania disse...

caramba? quê? que que digo diante disso tudo escrito em tão poucas (e preciosas) palavras?
genial!
Beijos,
Cynthia

Luciane Slomka disse...

Ah que maravilha...o teu e o do Drummond...dá vontade de voar...

Moni Saraiva disse...

Dizer isso, sentir com calma e compreender com maturidade, como quem contempla a ordem natural das coisas, é pra mim admirável...

Eu ainda sinto frio...

Lindo, Talita. Simplesmente lindo!

Marcos™ Aprile disse...

Que se renove os "calores" e se refresque a memória pra se armazenar novas sensações...

Talita Prates disse...

Fabiana, volta sim! Adorei ir "lá" tb: voltarei!

Marjorie, bonita...... que foi?

Rafalóri: sincronicidade! rs. A imagem é linda, né.

Lisa, muitas histórias, né.

J.F. de Souza: dissipa-dores sim. Adorei! Grata por vir.

Cynthia: sempre um prazer recebê-la, querida. :)

Lu, amiga-psi-poetisa-linda, valeu!

Moni, que a maturidade seja além-palavras. E lembre-se: frio e calor se alternam. Que as estações aconteçam. Obrigada por vir!

Mago, que assim seja! rs

UM BJO querido a todos! :)

Adriana Godoy disse...

O calor fica impregnado mesmo que venha uma ducha fria...é o amor. beijo.

nydia bonetti disse...

Há amores assim... Outros, "não desgrudam" :) Ou não?

Como sempre, um arraso, Talita.

beijo!

Everton Oliveira disse...

Muito legal o seu estilo.


Pois é: quantas vezes não consideramos pessoas e momentos mais marcantes do que a negra tinta marcada no branco papel... e por fim tudo isto foi esvaecendo-se.

Ricardo Valente disse...

Aí, que está... a MEMÒRIA. Ela vive. Viva, vai embora, quando substituída por uma maior, mas não morre. Nunca!
Sabe, tava com saudade de você!

Sônia Brandão disse...

Vim para agradecer a sua visita e conhecer o seu espaço.
Gostei do que vi. Voltarei.
Também te visitei no Flickr.

bjs

Gisele Freire disse...

LINDO TALITA!
ADOREI!
BJ
GI

Fabio Rocha disse...

Poema perfeito. Mas como dói... :)

 
;