22 de out. de 2009

Da noite da alma


Escuta, minh'alma:
sob o véu enegrecido desse silêncio,
sob o breu resplandecente desse céu
a dor - alarmada pela luz
grita! com brados clamantes:
- sou tua!

Agarra-a, não a negues:
não é mentira o que ela diz.
Assume-a como condição
da tua condição.

Apesar dela
e por ela
é que tu és.

E se ela te cobre
e te traz noite,
é para o teu sol de dentro
nascer majestoso na aurora.
t. prates


"E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
que me saiba perder... pra me encontrar..."
Imagem daqui.

35 comentários:

lisa disse...

o alvorecer é sempre gratificante, quando compreendemos os mistérios de nosso eu interior (alma).

beijos

Qualquercoisa disse...

Amo Florbela...costumava ver uma singularidade entre nós nos tempos de escola...

Adorei o blog...

BAR DO BARDO disse...

Canção luminar. Parabéns!

Lara Amaral disse...

Uma passagem pelo escuro para posteriormente brilhar com mais força.

Que lindo poema! Forte, decidido e bom de vivenciar.

Beijos.

marcelo disse...

Que lindo talita! Só tiraria majestoso, enegrecido e resplandescente. São palavras que servem para dar brilho e estética, mas são meio excessivos e tiram a força das tuas belas idéias e sensações. Deixaria mais limpo e forte o poema. É o que eu senti. Parabéns!

marinaCqm disse...

"Agarra-a, não a negues:
não é mentira o que ela diz."

Coração apaixonado sempre
faz com que nasça o sol mais
límpido, claro, amarelo e bonito
dentro de nós... iluminando até (ou especialmente) a alma.

Um abraço, Talita! Espero sua visita.

Lai Paiva disse...

Sempre tão lindo por aqui!!!! Bjs querida.

Ricardo Valente disse...

Às vezes, somos para o outro, pouco além da expectativa do espelho, que nos atormenta.

Franzé Oliveira disse...

Todos os meus pensamentos serão abertos
Todas as mensagens serão sinceras
Será como a primeira vez
Não de maneira para tira o ócio, mas para sentir gozo
Sentir o sangue correr nas artérias
Para que se compreenda toda a intenção
Implícitas no contexto escrito
Para possarmos tirar a roupa
E sermos simplesmente nós
Porque eu nu sou sem máscara

Tiago Moralles disse...

"Sol de dentro"
Gostoso isso.

Adriana Godoy disse...

Talita, um poema que comove pela intensidade e beleza. Gostei de vir aqui. Beijo.

sopro, vento, ventania disse...

muito bonito o 'sol de dentro'. Essa imagem é boooooooooa demais. Acho legal essa coisa de você misturar a doçura da menina com a coragem da mulher (as duas, aí, dentro de você e sem a menor vergonha de vir à tona todo o tempo).
Um beijo,
Cynthia

renata carneiro disse...

acontece da gente ter que relacionar crescimento e dor. acho bonito amanhecer depois de tudo isso.

beijos, bonita!

Talita Prates disse...

Lisa, concordo com vc! Obrigada pela visita.

Kim, obrigada! Volte sempre que quiser. Bj.

Henrique: muito obrigada.

Lara, querida, valeu!

Marcelo, obrigada pelas considerações. Bom te ver por aqui.

Agradeço a tua visita, Marina. Aguarde a minha por lá, eu apareço!

Pedro, :P rsrsrs

Lai, e vc sempre gentil, querida! :)

Ricardo, agradeço tua visita. Bjo!

Franzé, lembrei-me do meu "Da nudez outra". Obrigada pela partilha.

Tiago, sabe que eu gostei tb? Macrobeijo! rs

Adriana, que bom que veio! :D Senti tua falta... Um bjo, poetisa!

Marcos, ok então.

Cynthia, querida, é justamente assim que me sinto, meiA menina, meiA mulher. :S... Obrigada por vir, e bjo!

Reeee, sabe que me lembrei imediatamente de você quando escrevi "sol de dentro"?! rsrsrs Bjo, bonita!

Nilson Barcelli disse...

Magnífico poema. Gostei imenso Talita.
"é para o teu sol de dentro
nascer majestoso na aurora."
O final é uma imagem poética muito bonita.
Beijos.

nydia bonetti disse...

temos que assumir tudo que é nosso. inclusive as dores... gostei bastante, talita. beijos.

Wania disse...

Das nossas noites da Alma nascem os nossos sóis de dentro...

Muito liiiinda tua poesia!!!


Bjssss

Mahria disse...

Tão bom vim aqui, quanto mais em madrugadas assim, em que a minha alma implora poesia, antes do nascer majestoso do sol.


Bjs
Mahria

Mahria disse...

Não querida, meu blog não mudou de nome. Foi clonado, e fiquei sem usar o nome, até passar. Passou.

Espero por você la.

Bjs
Mahria

O Profeta disse...

Parei na viagem de rumo e estrelas
Sentei-me à beira de uma lagoa sussurrante
Um Milhafre fitou-me zombeteiro
Hesitei na procura do adiante

Na ilha há sempre uma criatura em vigília
Há sempre um feiticeiro vento
Há sempre uma flor que a alma seduz
Há sempre no acontece um mágico momento


Bom domingo


Doce beijo

Renata de Aragão Lopes disse...

Amiga,

de todos os seus poemas,
este me pareceu
o mais denso.
A dor
em diálogo
com a alma...
Que a manhã
traga, sim,
algum alívio...

Um beijo
e obrigada
pela dica de leitura:
"A cama na varanda"
já está sob meu estudo! : )

Everton Oliveira disse...

Belo poema Talita.

Há poemas que aparecem na cabeça, mas há poemas que surgem do fundo do coração e creio que este tenha surgido do coração, pois é muito profundo.

Bjs.

OBS: Fiz um referência ao seu blog em minha última postagem.

Rafael Castellar das Neves disse...

Bela descrição de sentimentos tão difíceis de serem transmitidos e consolidados...

Abraço..

Rafael

NDORETTO disse...

Delicioso isso:

E se ela te cobre
e te traz noite,
é para o teu sol de dentro
nascer majestoso na aurora.

Delicioso,de novo.
Bjs, Neusa

http://poesiarapida.blogspot.com

Desengavetados disse...

Vim aqui conhecer esse blog e senti sua alma seguindo-a pelo poema. Muito prazer! Andréa de Azevedo.
Visite meu blog http://www.desengavetados.blogspot.com/
terei o prazer de recebê-la! Abraços!

Vinicius disse...

Oi. Poema belo (fazedora de poemas). Já tive uma idéia (logo lhe direi a respeito). Abraço.

renata carneiro disse...

rs! você é uma graça!

beijocas...

Talita Prates disse...

Nilson, obrigada imenso. Bjo!

Sim, Nydia, temos... Obrigada, poetisa. :)

Wania, é isso aí! Sua frase é síntese! Bjo, querida!

Mahria, grata por passar por aqui! Passarei por lá sim, pode me aguardar. Bjo!

Profeta, agradeço a visita poética. Doce bjo pra vc tb.

Re, amiga, também tenho a mesma impressão da "densidade" que você...
Quanto ao livro, ele não é muito "acadêmico", mas traz reflexões pertinentes.
Bjo ensolarado pra vc, querida!

Everton... foi do coração mesmo que ele veio. Sei porque houve dor. Mas ela é bem-vinda, pois produz e me melhora. Muitíssimo agradecida pela referência do seu blog! Bjo!

Rafael, feliz e grata por tua visita e comentário. Bjo. :)

Neusa, delícia de comentário. rs. Bjo.

Andréa, obrigada poe vir! Eles se seguem mutuamente, alma e poesia. Bjo!

R. Vinícius, estou curiosa! Abraço. :)

Re, querida, vc tb! Bjo, bonita.

Anônimo disse...

"Por isso calma, alma minha. Calminha..."

J.F. de Souza disse...

que a dor
e todo o mal de minh'alma
se dissipem na alvorada

=)

=*

pensar disse...

Simplesmente maravilhoso!
Bjs

Rafaela Gomes Figueiredo disse...

ahh, mas já fazia tempinho q não passava cá!
q saudade de minhas tardes ociosas, em q as horas eram preenchidas por buscas insanas (d)e leituras de coisas tão boas... como estas! :)

beijão!

Rafaela Gomes Figueiredo disse...

ps: é, eu não sei 'administrar' o meu tempo!

"/

Marcelo Novaes disse...

Depois do silêncio, o brado.





Beijos,









Marcelo.

lírica disse...

Muito bonito Talita!
bj linda

 
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