Do tempo que mata lentamente de tanta vida.
Da saudade que é dor presente de um passado bom.
Da dúvida que contém em si um pedaço da certeza.
Das palavras que desmoronam por mero golpe da ação.
Da solidão pura que é mais humanamente intrínseca que qualquer outra essência.
Da força que se aprende pela repetição da fraqueza.
Do fado humano de ser livre (e só).
Das renúncias infinitas que uma única escolha exige.
Do amor que não é a única condição para se poder amar.
Do Deus que dá e que tira (sit nomen domini benedictum*?)
Da vida que é etcétera.
: é sobre isto este não-poema.
t. prates
* Jó 1,21, parte final.
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