15 de set. de 2011

Do deserto de ser, decerto


n'um deserto de estar,
para encontrar
as fontes
de águas neutras e puras
cujo efeito é sustentar
e só
: é onde estou.
- deixo os gostos
para um outro tempo
de sentir.

t.prates

Imagem daqui.

12 comentários:

ANGELICA LINS disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
ANGELICA LINS disse...

Tua escrita sempre vai ficar... Porque é assim que são as coisas lindas, jamais passam.

Beijo linda Talita

Poeta da Colina disse...

A vida as vezes insipida e inodora

Rafaela Figueiredo disse...

tão linda...
teus poemas iniciam versos já nos títulos, né? =)

paradoxal... mas que as águas te sustentem, flor e lavem e levem o que for lama...

beijo
(L)

Bruno de Andrade Rodrigues disse...

Ás vezes - e esse pensamento ocorreu-me agora, sem mais ponderações - tenho a impressão de que viver é constantemente uma tentativa de conservar-se no domínio do ser. O nascimento acaba por cindir o "eu" e o "ser"; alguns de nós, dele se perde completamente; outros mais vivem a buscá-lo. Nessa busca, são inevitáveis os estados desérticos; são inevitáveis as experiências de "dessentir".

Beijos!

Unknown disse...

Esse deserto de estar desconcerta qualquer coração.

Se fosse sempre possível sentir depois a emoção do que se viveu, acho que eu não suportaria!

Belíssimo!

Beijos

Mirze

Marcela disse...

deixo os gostos
para um outro tempo de sentir...
lindo!
adorei seu blog
bjos

Zé Luiz Sykacz disse...

Lindos escritos, lindo blog.

Meus sinceros parabéns.

Um abraço.

Domingos Barroso disse...

Há pouco estava lendo Água Viva de Clarice e, olha, senti teu poema
tão próximo, tão próximo daquela
plenitude (ou ânsia dela)
...

muito bom,
muito bom.


Beijo carinhoso.

Lai Paiva disse...

Tata, lindo, como tudo que sai de dentro da sua alma... Beijos, querida.

Ana SSK disse...

sua poesia é tão visual que até mesmo a sua pontuação dança.

coisa linda, heim, talita...

Felicidade Clandestina disse...

um outro tempo que ainda virá.

 
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