História da minha alma
Escrever é uma maldição que salva. [Clarice]
30 de ago. de 2010
aprendizado
,
autoconhecimento
,
existência
,
vida
0 Declarações de outras almas
Dos elementos de vida
cavou e encontrou
a palavra-tesouro
: terra.
voou e sorveu
a palavra-leve
: ar.
ardeu e forjou
a palavra-forte
: fogo.
mergulhou e bebeu
da palavra-fluida
: água.
amou e descobriu
a palavra-certa
: vida.
t. prates
Arte de
Steve Gardner
*Poema originalmente publicado no blog "Maria Clara - SimplesMente Poesia"
23 de ago. de 2010
metalinguagem
,
poética
0 Declarações de outras almas
Do poder poético
decreto
(pois que n'um poema eu posso tudo)
a existência do verbo
(e da experiência,
que é o mais importante)
p o e m a r
.
(
eu poema,
tu poemas,
ele poema,
... e etc.,
para todos os sujeitos e tempos.)
afinal,
tudo posso
no poema
que me esclarece.
t. prates
Imagem:
Tilemahos Efthimiadis
17 de ago. de 2010
metalinguagem
,
sonho
0 Declarações de outras almas
Da palavra matriz
t. prates
Imagem:
Erica
13 de ago. de 2010
amor
,
confraria dos trouxas
,
relacionamento
0 Declarações de outras almas
Da faxina
todo dia de manhã
ela limpava
esfregava
remexia
asseava
enxaguava
alvejava
aparava
encerava
purificava
o sentimento.
não gostava de amor empoeirado.
o zé?
o zé felizmente fazia a parte dele
e não entrava em casa com os pés sujos.
t.prates
"Todos os dias, quando acordo,
vou correndo tirar a poeira da palavra amor..."
(Clarice Lispector)
Imagem
daqui
, editada por mim.
Poema originalmente publicado na
Confraria dos Trouxas
.
4 de ago. de 2010
agnosticismo
,
deus
,
devaneios
,
dúvidas
0 Declarações de outras almas
Da epifania
hoje o deus gritou comigo
no silêncio do quarto vazio
:
talita cumi!*
obedeci.
(quem sou eu para não fazê-lo?!)
depois confiou-me
sussurrante ao
ouvido
o segredo insondável dos céus e da terra
: aquele grito era meu.
t. prates
*
"Menina, levanta-te"
, em hebraico.
Encontrado em Mc 5, 41.
Imagem:
Raquel Pellicano
1 de ago. de 2010
amor
,
soneto
,
vida
0 Declarações de outras almas
Do soneto do amor intrépido
Admito a cadência vacilante
dos meus passos em tua direção.
O receio da dor, paralisante
quebra a marcha e confunde o coração.
E não é, senão, o amor aquele instante
que se salta, sem ver do abismo o chão?
Tal audácia não se exige do amante
que pretenda, para o amor, coroação?
Não há regra, certeza ou vantagem.
Grande é o risco, e maior a coragem
que se exige para este passo além.
Se às dúvidas e medos sobra margem
que o ousar seja a intrépida vantagem
de quem quer somar-se à vida de alguém.
t. prates
> Imagem:
Martin Stranka
> Soneto originalmente publicado na
Confraria dos Trouxas
.
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Talita Prates
Mais intensa que personagem de soprano em ópera. Às vezes acho que a vida é P e eu visto G. Eu moro no caminho. Psicóloga e graduada em Filosofia.
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