27 de nov. de 2012

D'água




faço tempestade
em olhos
d'água.



t. prates

9 comentários:

Bruno de Andrade Rodrigues disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Bruno de Andrade Rodrigues disse...

Eu compartilho esse desencanto com você, poetisa. Ah! Quantas vezes desejei o não-estar, sem que precisasse estar morto. Mas aí me lembro do Dasein de Heidegger e da convocação de Sartre à assunção de nossa responsabilidade sobre o ser livre. Num ou noutro caso, nos vemos diante de discursos que nos comprometem com o mundo, que requerem de nós esse comprometimento. Felizmente este a poesia que nos liberta dessa imediatidade que a filosofia não cessa de questionar. Acho que a poesia também pode questionar, embora não esteja ela comprometida com alguma verdade demonstrável. À poesia basta o belo, basta recriação do real, basta seu papel como provocadora da sensibilidade e do entendimento. Confesso que experimento ao menos a ilusão de não-estar quando me detenho a ler. A nós só parece ser possível essa ilusão.

Felipe Celline disse...

É por isso que as pessoas bebem demais e as velhinhas iam (e ainda vão) aos Bingos.
E se a gente tivesse um não estar assim desses seus, ninguém precisaria ir no Bingo.

Anônimo disse...

Vengo del blog de cenasdaminhamemoria y me ha encantado tu Rincón; por lo cual, si no te importa, me gustaría ser seguidor de tan bello Espacio, que es el Tuyo.
Un abrazo.

Renata de Aragão Lopes disse...

: )

Al Reiffer disse...

Escreves muito bem, Talita, parabéns!

Guilherme Antunes disse...

Sofremos de inexatidões.

Felicidade Clandestina disse...

às vezes eu queria...

Unknown disse...

Versos que enchem minha alma! *-* Lindos

 
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