21 de abr. de 2012

De'ságua


.                 .               ainda que lave         .                       .
          .           .      .   a chuva lá fora    .           .            .
    .          .          .  tem gosto de lágrima.       .       .     .      .

  .     .         .    .         ainda que leve  .          .          .      .
.             .            .   o choro cá dentro    .           .         .       
     .      .       .         tem peso de chuva.       .         .          .


22 comentários:

Fabrício César Franco disse...

Ainda que lava, o calor que me distancia da sua água também é líquido e certo: faz-se fluido de uma melancolia compartilhada.

Beijo, Poetisa.

Mar disse...

Lembrei da frase "I love walking in the rain, 'cause then no-one knows I'm crying."

Bjus

Rafaela Gomes Figueiredo disse...

linda.
me senti meio assim hoje...

beijo

Fernanda Fraga disse...

...Mas é leve apesar do peso, e purifica.

Beijos.

Bruno de Andrade Rodrigues disse...

A Rafa é breve em seu comentário e nessa brevidade diz tudo que é necessário dizer sobre a poesia: o modo como a sentimos. Pois poesia é para ser sentida. Não requer ela minúcias de um espírito analista. Ela requer apenas a emoção. O que entendemos não é o mundo por ela recriado, mas a forma como o eu-lírico o experiencia. É a emoção do eu-lírico que deve ser sentida pelo leitor. O poeta ou a poetisa é bem-sucedido(a) quando consegue fazer desaguar dos versos a sua maneira de sentir a vida, o mundo, quando capaz de desaguar emoção.

Beijos carinhosos!

Yohana Sanfer disse...

Coisa linda viu? Sentimento dentro e fora...gostei muito! bjo

Sabrina Andrade disse...

Que vontade de te abraçar depois disso! Obrigada por escrever, Talita.



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saahandradee.blogspot.com.br
@qualsabrina
@raasck

Anônimo disse...

Simplesmente perfeito! Estou aqui, sem palavras, com minha chuva de pensamentos e sentimentos!

Beijos,
Heloisa
@hls_heloisa

Anônimo disse...

A chuva de dentro é sempre mais densa.

Beijo.

Alicia disse...

céus, como pode fazer o singelo ficar tão pesado?

e o oposto também?

muito fã.

Will Carvalho disse...

Chuva e lágrimas são sempre inspiradoras. Relacioná-las em um poema só, em poucas palavras e com tanto sentido assim é pra poucos.

Parabéns, Talita...

Ayanne Sobral disse...

A Clarice tem uma sabedoria irônica tão particular, né?!

Esse poema dela, eu não conhecia. E amei. E me disse tanto.

Gente, sou muito [tua] fã.

Rafael Castellar das Neves disse...

Ótimo, ótimo e ótimo!!

[]s

AC disse...

A chuva nem sempre é leve, mas lava sempre. talvez, após a chuva, se insinue a leveza...

Beijo :)

Rachel Nunes disse...

E como pesa essa chuva que não leva...

Beijos

Poeta da Colina disse...

E as duas se completam levando tudo que precisam, e que não precisamos mais.

Dani Lusa disse...

Eu poderia escrever um longo comentário na tentativa de expor o que suas palavras são para mim, mas creio que com uma só palavra eu consiga me expressar: perfeição.

Lindo. Perfeitamente lindo.

Beijo, Talita.
Dani.

alessandrochas disse...

Menina poeta, que fascina e encanta. =] Sou fã demais.

Guilherme Antunes disse...

E se fosse você nuvem, cinza nuvem, a ti pediria: chove em mim; chove em ti; deságua em nós, a logo virar riacho; matando sede dos meus olhos a te buscar.

Anônimo disse...

Oi, vc gostaria de fazer uma parceria e postar no meu blog: www.escritoresdesonhos.blogspot.com ?

Unknown disse...

Claro que gostaria, um bonito blog, demais. Quando poderei mandar as minhas colaborações?
estarei lançando dois livros e participando de algumas antologias.

LG

Unknown disse...

claro que gostaria de ser mais um a colaborar com um blog tão bonito. Aviso que este ano estarei publicando os livros O Planetinha, O Príncipe do Futebol, O Reino Marinho e participando de algumas antologias pela editora Multifoco.

Lg

 
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