Ela temia a repetição: a repetição de esperanças malogradas, a repetição de histórias interrompidas, a repetição da dor familiar, a repetição dos adjetivos pessimistas nos mesmos substantivos.
"Amar é romper", deduzia.
Porque ela é daquelas que repete para si: que há saída. Por isso o medo: medo de que mesmo essa repetição faça parte do círculo vicioso de reincidências absurdas. Medo de se repetir e não provar a mudança.
Ela ainda tem muito o que aprender.
t. prates
"Continuação" (pois que aprender é pra sempre) da postagem Das passagens.
"A própria luta para atingir os píncaros
basta para encher um coração (...).
É preciso imaginar Sísifo feliz."
(A. Camus)